Manoel de Barros - O poeta do Pantanal


"Aprendo com abelhas do que com aeroplanos.
É um olhar para baixo que eu nasci tendo.
É um olhar para o ser menor, para o insignificante que me criei tendo.

O ser que na sociedade é chutado como uma barata - cresce de importância para o meu olho.

Ainda não entendi por que herdei esse olhar para baixo.
Sempre imagino que venha de ancestralidades machucas.
Fui criado no mato e aprendi a gostar das coisas do chão -
Antes que das coisas celestiais.
Pessos pertenciadas de abandono me comovem: tanto quanto as soberbas coisas ínfimas."

(Do livro "Retrato do artista enquanto coisa")

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