Sementes na terra... estrelas no céu!

Dia de homenagear aqueles que constroem a riqueza... pessoas humildes, corajosas, que levantam muito cedo, que ganham muito pouco, que regam a terra com o suor de seu corpo e de seu rosto... Desta terra, nascem os frutos... multiplicam-se as sementes... Lembro-me de uma capacitação recente feita com um grupo de catadores de lixo. O sonho da maioria verbalizado numa dinâmica é que nunca faltasse o pão na mesa das famílias e que todos conseguissem ser felizes e tivessem saúde para trabalhar! Sonhos simples, como simples são seus dias e suas vidas... Sonhos simples, muitas vezes difíceis de serem realizados embora a construção da riqueza de muitos comece pelas suas mãos calejadas e pelos seus ombros cansados! Parabéns, trabalhadores que executam as tarefas socialmente consideradas com menor valor: os coletores de lixo, os varredores de rua, os plantadores e cortadores da cana, os serventes e as domésticas, os carregadores, os operários das industrias, enfim... Tenham claro, que as conqui

"No Pantanal ninguém pode passar régua. Sobremuito quando chove. A régua é existidura de limite. E o pantanal não tem limites". (Manoel de Barros) Conheci o Pantanal ainda criança. Tinha 9 anos e me encantei a quantidade de água existente. Eram lagoas azuis que pareciam espelhos refletindo as nuvens do céu. Nas margens, uma imensidão de pássaros coloridos... Como explicar? Como descrever as cores, os barulho alegre dos cantos destes pássaros, como explicar? Coqueiros esguios emolduravando as paisagens... Jacarés preguiçosos descansavando à beira destes lagos... Parece mentira? Não era não... A riqueza da fauna era imensa... Na viagem por estradas de terra, as aves de pernas finas desfilavam a nossa frente com elegância...quanta elegância!!! Hoje as coisas mudaram... Não se vê as coisas como eram vistas antes. Jacarés? Não é posssivel mais encontrar 500 como contamos uma vez quanto viajávamos de Campo Grande para Corumbá. 500 jacarés!!! é muita coisa. Mas foi verdadeiro e as c

Num dos trabalhos que desenvolvi numa casa de abrigo, quando ainda estava na faculdade, conheci Luã. Pequena criança, 6 anos de idade, magro, comprido,cabelos cacheados,sorriso alegre, olhos grandes, muito grandes... Braços finos que me apertavam com toda a sua força! Sua familia tinha sérios problemas e ele e seus irmãos estavam buscando melhores cuidados. Estive perto de Luã por cerca de 2 anos. E meu amor por ele crescia a cada dia! Mas o tempo é impiedoso e é uma pena que a vida distancie fisicamente as pessoas,por que no meu pensamento e no meu coração ele sempre estará presente. Faz muito tempo que não vejo Luã. Talvez uns 10 anos. Hoje deve ser um jovem alto e bonito e eu torço para que ele esteja bem... Para você, Luã, dedico esse poema: " Você conhece Luã? Luã é um menino de seis anos e tem olhos de jabuticaba, daquelas, maiores do pé... Seu sorriso? Explode como lua cheia e clareia todo seu rosto. Quando você chega perto dele, seus olhos brilham e o seu corpo pede abraço

O livro de Anita Diamant fala de forma clara descrevendo a vida de mulheres, principalmente de Dinah, filha de Jacó e Lia. Sua narrativa é doce e envolvente; desde o inicio o livro prende a atenção e traz revelações importantes sobre a alma e o anseio das mulheres. Vale a pena ler e constatar que as mulheres, independente da época, cultivam a força e renascem todos os dias; e resistem, carregando dentro do peito a esperança e o amor, que no fundo são passaportes para uma nova vida... Uma nova vida que muitas vezes surge da mesma forma como surge o sol numa manhã toda azul, independente da noite de trevas do dia anterior... "A tenda vermelha" permite um mergulho no coração das mulheres...realmente vale a pena ler!