Um olhar através das sombras...
Assim foi o escrito que ela escreveu e que eu, por acaso, encontrei:
"Nunca gostei das sombras. Sempre fui da luz, do dia, do sol,do riso aberto, do abraço fraterno.
Nunca gostei de nada pela metade: nem meio sorriso, meias palavras, frases incompletas, filmes inacabados, histórias sem fim.
Nunca gostei de me sentir pressionada, dividida, andando em uma linha ou a beira de um abismo.
Aventuras nunca foram meu forte: sempre gostei das coisas seguras, da terra, do chão, dos limites, da segurança, das pontes, da união, do circulo - que torna tudo mais firme e seguro.
Ouvi a pouco na TV, por uma pessoa simples que o "vicio afetivo é o mais difícil de se vencer". Na hora não entendi direito, mas a partir dessa fala, senti vontade de escrever.
Sinto que estou longe de mim... distante daquilo que é a minha essência de pessoa... limitada, presa, como se vivesse apertada dentro de um vidro. Vidro escuro. Que não me permite ver a luz ao redor.
Sinto falta da luz... que vem do sorriso das pessoas que amo...
Sinto falta dos meus domingos de riso... quando no final da tarde estava sim exausta, mas com o coração limpo, coberta e protegida por um carinhoso amor filial.
Hoje, parece que não mais descanso... que não tenho mais a alegria pura que sempre esteve presente no meu coração.
Nem sei para quem escrevo isso agora... Acho que é para mim mesma... Na verdade, eu estou com saudades de mim!!!
Da minha esperança, da alegria, do sorriso, da generosidade sempre latente em meu coração, da capacidade de comunicação, a preocupação com o outro sempre foram coisas importantes para mim... Saudades do final de tarde, de passeios a beira mar, da troca de historias engraçadas, dos sorriso, das pessoas amigas que sempre estiveram presentes na minha vida.
Hoje, domingos vazios... sombras a noite... muitas sombras. Não quero isso para minha vida... não quero!
Lembro de um sonho que tive há muitos e muitos anos, que via num onibus desgovernado que batia numa cerca de arame farpado e não conseguia seguir a diante. Lá, bem longe se via uma luz... Havia uma luz, mas... como fazer para romper aquela cerca tão alta e encontrar a luz?
Acho que estou vivendo este sonho... ou este pesadelo! Quero romper a cerca, ultrapassar os obstáculos, buscar a luz...
Deveria encontrar forças seguir em frente... mesmo que ainda tenha sombras... mesmo que tropece... mesmo que me machuque... porque os machucados se curam com o tempo, não é?
Acabei de ver um texto que me chamou atenção. Diz assim:
"Se eu posso te dar um conselho, eis aqui: Não mendigue atenção de quem quer que seja. Não se esforce para compartilhar minutos com quem está mais interessado em coisas que não te incluem. Não prolongue a conversa apenas para ter o outro por perto, quando você perceber que precisa se esforçar bastante para que o monólogo vire um diálogo. Esqueça. Prefira a sua solidão genuína à pseudo presença de qualquer pessoa. Ainda digo mais: Perceba que existem pessoas que curtem dividir a atenção contigo sem que você precise desprender esforço algum. Aproveite o que te dão de livre e espontânea vontade. Dispense o que te dão por força do hábito ou por conveniência. Esqueça o que não querem te dar. Cada um dá o que pode" - Mario Calfat
Novamente me pergunto: para quem estou escrevendo tudo isso? E respondo: para mim mesma... para mim mesma...
Um simples desabafo através das sombras... um olhar para a luz distante..."
-----------------------
Assim foi seu desabafo
"Nunca gostei das sombras. Sempre fui da luz, do dia, do sol,do riso aberto, do abraço fraterno.
Nunca gostei de nada pela metade: nem meio sorriso, meias palavras, frases incompletas, filmes inacabados, histórias sem fim.
Nunca gostei de me sentir pressionada, dividida, andando em uma linha ou a beira de um abismo.
Aventuras nunca foram meu forte: sempre gostei das coisas seguras, da terra, do chão, dos limites, da segurança, das pontes, da união, do circulo - que torna tudo mais firme e seguro.
Ouvi a pouco na TV, por uma pessoa simples que o "vicio afetivo é o mais difícil de se vencer". Na hora não entendi direito, mas a partir dessa fala, senti vontade de escrever.
Sinto que estou longe de mim... distante daquilo que é a minha essência de pessoa... limitada, presa, como se vivesse apertada dentro de um vidro. Vidro escuro. Que não me permite ver a luz ao redor.
Sinto falta da luz... que vem do sorriso das pessoas que amo...
Sinto falta dos meus domingos de riso... quando no final da tarde estava sim exausta, mas com o coração limpo, coberta e protegida por um carinhoso amor filial.
Hoje, parece que não mais descanso... que não tenho mais a alegria pura que sempre esteve presente no meu coração.
Nem sei para quem escrevo isso agora... Acho que é para mim mesma... Na verdade, eu estou com saudades de mim!!!
Da minha esperança, da alegria, do sorriso, da generosidade sempre latente em meu coração, da capacidade de comunicação, a preocupação com o outro sempre foram coisas importantes para mim... Saudades do final de tarde, de passeios a beira mar, da troca de historias engraçadas, dos sorriso, das pessoas amigas que sempre estiveram presentes na minha vida.
Hoje, domingos vazios... sombras a noite... muitas sombras. Não quero isso para minha vida... não quero!
Lembro de um sonho que tive há muitos e muitos anos, que via num onibus desgovernado que batia numa cerca de arame farpado e não conseguia seguir a diante. Lá, bem longe se via uma luz... Havia uma luz, mas... como fazer para romper aquela cerca tão alta e encontrar a luz?
Acho que estou vivendo este sonho... ou este pesadelo! Quero romper a cerca, ultrapassar os obstáculos, buscar a luz...
Deveria encontrar forças seguir em frente... mesmo que ainda tenha sombras... mesmo que tropece... mesmo que me machuque... porque os machucados se curam com o tempo, não é?
Acabei de ver um texto que me chamou atenção. Diz assim:
"Se eu posso te dar um conselho, eis aqui: Não mendigue atenção de quem quer que seja. Não se esforce para compartilhar minutos com quem está mais interessado em coisas que não te incluem. Não prolongue a conversa apenas para ter o outro por perto, quando você perceber que precisa se esforçar bastante para que o monólogo vire um diálogo. Esqueça. Prefira a sua solidão genuína à pseudo presença de qualquer pessoa. Ainda digo mais: Perceba que existem pessoas que curtem dividir a atenção contigo sem que você precise desprender esforço algum. Aproveite o que te dão de livre e espontânea vontade. Dispense o que te dão por força do hábito ou por conveniência. Esqueça o que não querem te dar. Cada um dá o que pode" - Mario Calfat
Novamente me pergunto: para quem estou escrevendo tudo isso? E respondo: para mim mesma... para mim mesma...
Um simples desabafo através das sombras... um olhar para a luz distante..."
-----------------------
Assim foi seu desabafo
Comentários
Postar um comentário